Experiência de missão em Cabo Verde, África

Escrito pela Irmã Alberta Migueleño Mendoza, smap

O meu nome é Alberta Migueleño Mendoza, sou originária do Estado de Guerrero, município de Chilapa, México. Pertenço à Sociedade Missionária Apóstolos da Palavra sou irmã consagrada. Atualmente, encontro-me a realizar a missão em Portugal e Cabo Verde.

Experiência de missão

Gostaria de partilhar uma das experiências de missão que tive em Cabo Verde, África. Para começar, Cabo Verde é constituído por ilhas. A capital é Santiago, na ilha da Praia. Também se carateriza por ser uma nação pobre, de muito baixos recursos. Por isso, a população tende a emigrar para outras paragens, à procura de um futuro melhor.

O que mais admirei nesta nação foi a sua cultura e, sobretudo, a sua gente maravilhosa. Cabo Verde foi o meu primeiro lugar de missão fora da minha terra-natal. Quando cheguei a este país pela primeira vez, senti-me em casa, ou em família, dado que, por natureza, a população é muito acolhedora. Assim sendo, não tive dificuldade em adaptar-me; apesar de não falarmos o mesmo idioma, parecia que nos entendíamos.

O que mais me motiva são as missões que realizamos como parte do carisma, contudo, aquilo de que, especificamente, mais gostei da missão em Cabo Verde foram as visitas domiciliárias. Porquê? Por ver a sede que as pessoas têm da Palavra de Deus: quando fazíamos as visitas de casa em casa, ninguém nos dizia que não, ou melhor, ninguém nos fechava a porta; pelo contrário, todas as famílias nos recebiam nas suas casas com alegria. Parecia que estavam à nossa espera.

Amor e respeito pela Palavra de Deus

A mim, lembrava-me aquela frase de São Paulo: «Quando ouviram a Palavra de Deus que lhes pregámos, receberam-na, não como palavra humana, mas como realmente é, Palavra de Deus…» (1 Tessalonicenses 2, 13). Eu gostava de ver o respeito e o amor com que as pessoas escutavam a Palavra de Deus e, depois, agradeciam a nossa visita. Outra das qualidades que admiro nesta gente é a sua alegria. Apesar dos seus parcos recursos, mostravam-se alegres e recebiam-nos com o pouco que possuíam, dando, inclusive, o melhor que tinham.

Ao ver esta necessidade na vida espiritual dos cabo-verdianos, sentia-me especialmente motivada a dar-me completamente à missão, a poder confirmar, uma vez mais, que Deus me chamou para ser instrumento Dele. Como qualquer outra pessoa, também experimentei cansaço, mas dentro de mim existia uma grande satisfação em poder colaborar neste grande projeto de Deus na luta pela salvação de muitas almas e, claro, também da minha própria alma.

A partir daquele momento, disse: tenho de continuar a sacrificar-me pela causa do Evangelho; é o mais belo que posso fazer. Para mim, todas as experiências de missão que vivi foram muito marcantes e significativas, e agradeço a Deus pela oportunidade que me dá de poder fazer parte da Sociedade Missionária, pelo seu carisma ao serviço da Igreja. Como diz a Palavra de Deus: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos» (Mateus 9, 37).

Assim sendo, convido-te, jovem, a fazeres parte deste grande projeto de Deus, a fim de levar a Palavra de Deus a muitas pessoas que, estando sedentas Dele, não têm ninguém que Lho anuncie. Não tenhas medo de entregar a tua juventude a Deus, já que é o melhor que Lhe podemos oferecer: a “NOSSA JUVENTUDE”.

Peço, igualmente, a todos que rezem pelas missões que realizamos nos vários países em que estamos presentes.