Consagrada: Virgem, esposa e mãe
Numa visão que teve sobre a castidade, Santo Agostinho dizia: “ Todas estas almas eram castas e, nesta continência, não havia esterilidade, dado que era fecunda de gozosa prole, com muitos frutos, que devem ao teu amor, Senhor, que és seu Esposo” (Confissões de Santo Agostinho)
Uma pessoa que se entrega por amor ao esposo e se consagra para Ele e está intimamente unida a Cristo, não pode ficar estéril, é impossível não produzir frutos se estamos unidos à vide. (Jo 15,5)
A resposta livre ao chamamento de Deus (Jo 15,16), deve ser plena, madura e alegre. Soror Marta Rodrigues dizia: “ Uma mulher sabe que leva explícita no seu ser a maternidade; está feita para ser mãe e esposa; é por isso que quanto mais vive sua identidade de mulher, mais rica se torna a sua consagração”. É pois digno de mérito que se viva a vocação com uma afetividade madura pois só assim pode gerar filhos para Cristo; o Papa Francisco exortava as consagradas a gerar filhos para a Igreja. Dizia: “A consagrada é mãe, deve ser mãe e não «solteirona» …”. É importante esta maternidade na vida consagrada. Que esta alegria da fecundidade espiritual anime a vossa existência: sejam mães, como figura de Maria Mãe e da Igreja Mãe.
As consagradas são a ternura de Deus, um testemunho destes dois ícones, Maria e a Igreja, que são virgens esposas e mães. Estas devem ser as características de uma consagrada.
Uma vocação, vivida em plenitude, é como incenso, que, ao ser queimado, expande uma fragância agradável e penetra nos lugares mais recônditos. Viver a consagração, com alegria e ternura, lembra ao mundo o lar onde a mãe se doa plenamente, cria calor humano e infunde alegria e esperança nos lugares onde há desesperança.
Ir. Leticia Juarez (SMAP)