A eutanásia
A sociedade atual parece muito contraditória em vários aspetos. Por um lado, as pessoas querem e esforçam-se por viver muitos anos; por outro, há uma luta constante que leva a sociedade e eliminar aqueles que considera como um estorvo, que não produzem ou que têm menos-valia, através da eutanásia. O Catecismo da Igreja Católica recorda-nos o dever sagrado de valorizar e preservar a vida até ao último momento. A ninguém é permitido desistir ou decidir sobre a vida de outrem nem a sua própria. O mandamento da Lei de Deus é contundente neste sentido: << Não matarás>> ( Êxodo 20,13; Lucas 18,20).
<<Aqueles que têm uma vida deficiente ou enfraquecida reclamam um respeito especial. As pessoas doentes ou deficientes devem ser amparadas, para que possam levar uma vida tão normal quanto possível>> (Catecismo da Igreja Católica, nº 2276).
<<Quaisquer que sejam os motivos e os meios, a eutanásia direta consiste em pôr fim á vida de pessoas deficientes, doentes ou moribundas. É moralmente inaceitável. Assim, uma ação ou uma omissão que, de per si ou na intenção, cause a morte com o fim de suprimir o sofrimento, constitui um assassínio gravemente contrario á dignidade da pessoa humana e ao respeito do Deus vivo, seu Criador. O erro de juízo, em que se pode ter caído de boa-fé, não muda a natureza do ato homicida, o qual deve sempre ser condenado e posto de parte>> (Catecismo da Igreja Católica, nº 2276).
O respeito pela vida tem de ser norma para os que se consideram discípulos de Cristo. Nunca se deve submeter a debate a vida das pessoas. O sangue derramado clama justiça do Céu ( Cf. Génesis 4,10). Todas as pessoas têm direito a ser tratadas com dignidade, tanto na sua vida, como na sua morte.
Sr. Domingo Martinez Reyes, missionário apóstolo da Palavra